Dormir tem uma série de funções essenciais para a manutenção do corpo. Através dele mantemos o equilíbrio psíquico, emocional, metabólico e restabelecemos a disposição para fazer as atividades do dia a dia.
Conforme a nutricionista Jordana Lessa, em uma situação de privação ou sono de baixa qualidade, os hormônios responsáveis pela sensação de fome (Grelina), sensação de saciedade (Leptina) e hormônio em resposta ao estresse (Cortisol) são desregulados. "Ao dormir mal você sente menor saciedade e aumento da sensação de fome. Além disso, com os níveis de cortisol aumentados você fica mais estressado e irritado o que acaba, indiretamente, causando alterações em seu sistema de recompensa, afetando suas decisões alimentares", salientou.
Outro efeito importante de dormir pouco é um desequilíbrio nos níveis de insulina. A insulina é um hormônio vital dentro do corpo que transporta glicose para dentro das células, responsável por fornecer energia. "Quando não dormimos o suficiente, nosso corpo libera menos insulina, diminuindo nossa tolerância à glicose. Ao longo do tempo, estes distúrbios podem levar a casos de resistência à insulina, obesidade e até mesmo à diabetes", alertou.
Jordana ressalta a importância de dormir em média 7h a 09h por noite. Para garantir que o sono seja reparador, adote uma rotina regular com horários bem definidos para dormir e acordar, evite bebidas estimulantes como café, chás com cafeína após às 17h, evite expor-se às telas (TV, celular, computador) pelo menos 2h antes de dormir. "Procure também ter um ambiente escuro, que propicie o seu corpo descansar e relaxar".
Melhorando o sono através da alimentação
– Triptofano: é um aminoácido que participa da formação de serotonina e melatonina, que são precursores do sono.
Alguns alimentos fonte: banana, peixes, leite, kiwi, aveia, etc.
– Zinco: o baixo consumo deste nutriente está associado a piora do sono.
Alguns alimentos fonte: chocolate amargo, ovos, feijão, amendoim, ostras, etc.
– Refeições com carboidratos: são capazes de elevar as concentrações de insulina, favorecendo a síntese de melatonina. O ideal é fazer a última refeição com carboidratos de 2 a 4 horas antes de dormir. Carboidratos de lenta digestão (carboidratos complexos, com mais fibras) induzem o sono, porém carboidratos de rápida absorção (refinados, com poucas fibras) podem ser prejudiciais, causando euforia.
Procure na medida do possível adotar as dicas repassadas pela Jordana Lessa. Logo você perceberá no dia a dia os benefícios de ter um sono restaurador. Caso sinta alguma dificuldade, procure o auxílio de um profissional da saúde.