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O lipedema é uma condição crônica e progressiva, caracterizada pelo acúmulo irregular de gordura nas pernas, quadris e, em alguns casos, nos braços, sendo uma doença que afeta principalmente mulheres.

Um papo sobre lipedema e como a alimentação ajuda no tratamento

Um papo sobre lipedema e como a alimentação ajuda no tratamento

Diferente da obesidade comum, o lipedema envolve alterações na estrutura do tecido adiposo e pode levar a uma série de sintomas desconfortáveis, como dor, sensibilidade ao toque e tendência a hematomas. Neste texto, você vai entender mais sobre o lipedema, seus estágios, diagnóstico e como a alimentação pode contribuir no manejo dos sintomas e na melhora na qualidade de vida das pessoas que convivem com essa condição.

 

O que é o lipedema?

O lipedema é uma distúrbio do tecido adiposo subcutâneo, que provoca o aumento excessivo e simétrico da gordura, principalmente nas extremidades inferiores do corpo. Ele se diferencia de outras condições, como a obesidade e o linfedema, já que o acúmulo de gordura ocorre de maneira desproporcional, deixando a região afetada com aspecto irregular e fibroso.

Embora a causa exata ainda seja desconhecida, acredita-se que fatores genéticos e hormonais possam desempenhar um papel importante no desenvolvimento do lipedema, sendo comum o aparecimento ou agravamento dos sintomas em momentos de mudanças hormonais, como a puberdade, gravidez e menopausa.

 

Estágios do lipedema:

O lipedema possui diferentes níveis de progressão, geralmente classificados em três estágios:

  • Estágio 1: A pele tem aspecto liso, mas há aumento de gordura na região afetada. Nódulos pequenos e uniformes podem ser sentidos sob a pele.
  • Estágio 2: A pele começa a ter uma aparência irregular, com formação de nódulos maiores, que tornam o tecido mais endurecido e sensível.
  • Estágio 3: Nesta fase, há um aumento considerável do volume das pernas e quadris, com o aparecimento de grandes depósitos de gordura, que formam dobras e interferem na mobilidade.

 

Diagnóstico:

O diagnóstico de lipedema é clínico, ou seja, é feito principalmente com base na observação e análise dos sintomas, juntamente com o histórico do paciente. Os profissionais de saúde avaliam fatores como a distribuição da gordura, presença de dor e características da pele. Ultrassonografias e ressonâncias magnéticas auxiliam no diagnóstico e ajudam a descartar outras condições, como linfedema ou problemas vasculares.

Importante: A avaliação de um médico com experiência em doenças do tecido adiposo é fundamental para o diagnóstico adequado.

 

Tratamentos

O tratamento do lipedema deve ser multidisciplinar e visa, sobretudo, reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Os principais tratamentos incluem:

  • Drenagem linfática manual e compressão com o uso de meias compressivas, que ajudam a reduzir o inchaço e melhorar o fluxo linfático.
  • Exercícios físicos de baixo impacto, como caminhada e hidroterapia, que auxiliam na melhora da circulação e do tônus muscular.
  • Lipoaspiração específica para lipedema, conhecida como lipoaspiração tumescente, realizada por profissionais especializados.
  • Acompanhamento psicológico, para ajudar o paciente a lidar com a autoestima e os desafios emocionais da doença.

 

Alimentação no tratamento do lipedema:

Embora a alimentação não seja capaz de curar o lipedema, ela tem um papel muito importante na redução da inflamação e do desconforto associado à doença. Uma dieta equilibrada e anti-inflamatória pode contribuir significativamente para o bem-estar geral e para o manejo dos sintomas do lipedema. Aqui estão algumas recomendações importantes:

 

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  1. Reduzir alimentos inflamatórios

O lipedema é frequentemente associado a um estado inflamatório crônico. Por isso, evite ao máximo alimentos ricos em açúcar, farinha refinada, frituras e ultraprocessados, como embutidos e refrigerantes.

  1. Investir em alimentos anti-inflamatórios

Alimentos ricos em ômega-3, como peixes de água fria (salmão, sardinha), chia e linhaça, auxiliam na redução da inflamação. Frutas vermelhas, cúrcuma, gengibre e vegetais verdes atuam como importantes aliados anti-inflamatórios para quem convive com lipedema.

 

  1. Manter uma dieta rica em fibras

A fibra auxilia no funcionamento do intestino, importante para a saúde do sistema imunológico e na redução de inflamações. A inclusão de alimentos integrais, como aveia, quinoa, e leguminosas, e o consumo regular de frutas e vegetais frescos são essenciais.

  1. Hidratação adequada

Manter o corpo bem hidratado ajuda a reduzir o inchaço e a melhorar o fluxo linfático. A ingestão de água ao longo do dia é fundamental para todos, mas especialmente para quem tem lipedema.

 

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  1. Controlar o consumo de sódio

Excesso de sódio pode agravar o inchaço e a retenção de líquidos. Reduzir o consumo de sal e optar por temperos naturais, como ervas e especiarias, é uma estratégia eficaz.

 

O lipedema é uma condição desafiadora, mas a combinação de tratamentos específicos com uma dieta equilibrada pode fazer uma grande diferença para quem convive com a doença. A alimentação anti-inflamatória, rica em nutrientes e orientada para a redução do inchaço e da inflamação, é uma forte aliada no manejo dos sintomas do lipedema. Por isso, caso você ou alguém que conhece conviva com o lipedema, é essencial consultar profissionais qualificados, como nutricionistas e médicos especializados, para desenvolver um plano personalizado de tratamento e alimentação.

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