Quando se fala em hipertrofia, muita gente pensa apenas no aumento do tamanho dos músculos. Mas, na prática, esse processo vai muito além da estética. Uma hipertrofia bem conduzida pode trazer benefícios que impactam diretamente a saúde, como mais força para as tarefas do dia a dia, melhora da postura, prevenção de lesões e até redução do risco de doenças crônicas, como diabetes tipo 2 e problemas cardiovasculares.

Sarcoplasmática e miofibrilar: entenda os tipos de hipertrofia
O que nem todos sabem é que a hipertrofia não é um fenômeno único: ela pode acontecer de duas formas principais — sarcoplasmática e miofibrilar. Entender essas diferenças ajuda você a planejar melhor o treino e conquistar resultados de forma mais inteligente e duradoura.
Segundo Leonardo Ferrioli Telles, professor e responsável técnico no Centro de Treinamento Engenharia do Corpo Casa de Pedra, em Caxias do Sul (RS):
"A hipertrofia sarcoplasmática é quando o estoque de energia dentro do músculo aumenta, deixando-o mais cheio, aquela sensação de inchaço, o famoso pump. A miofibrilar também contribui, mas oferece mais densidade e força do que aumento aparente de volume", frisou.
Sarcoplasmática
- Envolve o aumento do volume do sarcoplasma, fluido que preenche a célula muscular, levando a um aumento da capacidade de armazenamento de energia. Não necessariamente aumenta a força.
- Geralmente associado a treinos com cargas mais leves e maior número de repetições, como exercícios de resistência.
- Como resultado se tem o ganho de volume muscular, com um aumento mais rápido, mas que pode ser facilmente perdido com a interrupção do treino.
Miofibrilar
- Se refere ao aumento das estruturas contraídas do músculo, como miofibrilas, resultando em músculos mais densos e fortes.
- É estimulada por treinos com cargas mais pesadas e menor número de repetições.
- Gera ganhos de força e densidade muscular, com um processo mais lento, mas que proporciona resultados mais sólidos e duradouros.
Como combinar os dois tipos no treino
De acordo com o professor Leonardo, é possível — e ideal — estimular os dois tipos de hipertrofia em um mesmo programa de treino.
"Dá para alternar dias com carga mais alta e poucas repetições (para miofibrilar) e dias com repetições médias/altas e descanso curto (para sarcoplasmática). Também é possível acrescentar técnicas de intensificação como drop sets, exercícios combinados, entre outras", orientou.
Para quem busca desempenho, força ou resistência, a hipertrofia miofibrilar é a mais indicada. Já para resistência e volume aparente, a sarcoplasmática se destaca. "Na minha opinião, o treino mais eficiente mistura as duas, de preferência com uma periodização bem estruturada para acompanhar a evolução", salientou o professor Leonardo Ferrioli Telles.
A hipertrofia não precisa seguir um único caminho. Ao compreender a diferença entre os tipos sarcoplasmático e miofibrilar, você consegue ajustar o treino às suas metas — seja conquistar músculos mais cheios, aumentar a força ou, de preferência, unir os dois objetivos.
Na Engenharia do Corpo, nossos profissionais estão prontos para orientar cada aluno a encontrar o equilíbrio certo, potencializando resultados e garantindo uma jornada de treino saudável, segura e motivadora. Afinal, crescer com inteligência é tão importante quanto crescer com intensidade.