Você já teve a sensação de ter fome a toda hora? Será que isto acontece porque a alimentação está desregrada? Ou, outras questões podem estar interferindo? Conforme a nutricionista da Engenharia do Corpo, Jordana Lessa (CRN10 9185), é preciso avaliar como está a composição da sua dieta/alimentação, entre outros fatores: emocionais, ansiedade, ou doenças como diabetes e problemas na tireoide. "Sentir fome o tempo todo, mesmo depois de comer, nem sempre é gula. Fatores hormonais, nutricionais ou até mesmo emocionais podem ser a causa de tamanho apetite", salientou.

O desempenho do corpo humano é influenciado por uma série de fatores. Claro, que tem questões de genética e biótipo, mas é indiscutível que a adoção de hábitos saudáveis reflete diretamente em uma maior qualidade de vida e mais disposição para as tarefas rotineiras. Deve-se fazer tudo o que está ao alcance para ter mais saúde. Cada esforço neste sentido lhe renderá inúmeros benefícios no presente e no futuro.

No entanto, é comum, na correria do dia a dia, esquecermos ou negligenciarmos necessidades básicas e fundamentais para o funcionamento do nosso corpo, como por exemplo, a alimentação. Precisamos dar uma atenção especial ao que estamos ingerindo. Nem de mais nem de menos, não precisa radicalizar, mas é necessário ter equilíbrio.

Segundo Jordana, o fato de comer com frequência tem o seu lado positivo, desde que sejam alimentos saudáveis e ingeridos de forma controlada. Do contrário, haverá ganho de peso, alterações na saúde (colesterol, gordura no fígado, falta de vitaminas, HDL, LDL alterados, ansiedade, dentre outros). "São inúmeros os motivos que podem estar te levando a ter fome a toda hora. Caso, sinta que este hábito está interferindo na sua saúde, o ideal é procurar auxílio de um profissional", orientou.

Conheça 8 motivos que podem influenciar a ter fome toda hora:

1) Não dormir o suficiente:

Quando a pessoa não consegue descansar sete ou oito horas por noite, a produção de dois hormônios importantes da fome, a leptina e a grelina ficam desregulados.

A grelina estimula o apetite, enquanto a leptina compromete a sensação de que o organismo está satisfeito depois das refeições.

Com sono, o corpo precisa de mais energia para ficar acordado e compensa na alimentação – sempre escolhendo as opções mais calóricas, que darão a energia necessária rapidamente.

2) Excesso de carboidratos:

Quanto mais carboidrato você comer, mais insulina é liberada pelo pâncreas para quebrar todas as moléculas de açúcar ingeridas.

Como essas moléculas se quebram e são absorvidas rapidamente, a insulina fica por ali, esperando mais comida e gerando uma sensação de fome.

3) Desidratação:

Às vezes não é fome, e a melhor forma de comprovar isso é tomando um copo d’água. Se a "fome" passar, era só vontade.

4) Você está muito estressado:

O estresse funciona da mesma forma que a falta de boas horas de sono. A principal alternativa é trocar a comida por exercícios físicos, que também liberam o hormônio da felicidade e reduzem o estresse.

5) Muita bebida alcoólica:

Ingerir bebidas alcóolicas faz o fígado pensar: preciso de muito açúcar para metabolizar tudo isso. Mesmo que você não precise se alimentar naquele momento, o organismo vai querer que você coma algo bem calórico e com muito açúcar.

6) Você precisa de mais proteínas e gorduras boas:

Tanto a proteína quanto as gorduras monoinsaturadas, ou a gordura boa, dão saciedade, pois demoram mais tempo para serem digeridas pelo organismo.

O ideal é que as proteínas estejam presentes na maioria das refeições: café da manhã com leite ou queijo, almoço com uma opção de carne ou ovos, lanche da tarde com iogurte e jantar com carne de boi, frango ou peixe.

7) Pular as refeições:

Na próxima refeição você sente muita fome, pois a grelina, hormônio responsável pelo apetite, foi liberada em exagero durante o jejum e faz com que o corpo armazene tudo pelo maior tempo possível.

8) Tomar remédios que dão fome:

Alguns antidepressivos e corticoides podem estimular a fome sem a pessoa perceber.