A intolerância ao glúten, embora seja um tema cada vez mais discutido, ainda gera muitas dúvidas. Se você já sentiu desconfortos como inchaço abdominal, dores de cabeça ou cansaço extremo após consumir alimentos como pão, macarrão ou biscoitos, pode ser hora de investigar se o glúten é o responsável.
No texto de hoje vou explicar o que é a intolerância ao glúten, seus sintomas, diagnóstico e como lidar com essa condição de forma saudável.
O que é o glúten e a intolerância?
O glúten é uma proteína presente no trigo, cevada e centeio, sendo responsável pela elasticidade em massas e pães. A intolerância ao glúten não deve ser confundida com a doença celíaca, que é uma condição autoimune grave. Na intolerância, também chamada de sensibilidade ao glúten não celíaca, os sintomas podem ser menos intensos, mas ainda assim afetam a qualidade de vida.
"É importante entender que nem todas as pessoas têm problemas com o glúten. Porém, quem apresenta sintomas persistentes deve buscar ajuda profissional para identificar a causa e evitar complicações a longo prazo", explica Jordana.
Quais são os sintomas da intolerância ao glúten?
Os sintomas da intolerância ao glúten variam de pessoa para pessoa, mas os mais comuns incluem:
- Inchaço abdominal e gases
- Diarreia ou constipação
- Fadiga constante
- Dores de cabeça frequentes
- Irritação na pele, como coceiras ou manchas
- Dificuldade de concentração (popularmente chamada de “nevoeiro mental”)
"Se você percebe que esses sinais aparecem após consumir alimentos com glúten, é fundamental observar e relatar isso ao seu médico ou nutricionista. Manter um diário alimentar pode ser muito útil nesse processo de investigação", sugere.
Como é feito o diagnóstico?
A identificação da intolerância ao glúten é um desafio porque os sintomas podem se confundir com outras condições, como a síndrome do intestino irritável.
"É essencial não fazer uma exclusão do glúten por conta própria. Retirar essa proteína sem acompanhamento pode mascarar os sintomas e dificultar o diagnóstico", alerta a nutricionista. O processo geralmente inclui:
- Consulta médica e exames laboratoriais: para descartar a doença celíaca ou alergia ao trigo;
- Testes de exclusão alimentar: feitos sob supervisão de um profissional;
- Reintrodução controlada: para verificar os efeitos no organismo.
Como adaptar a dieta?
Se a intolerância for confirmada, será necessário adaptar a dieta para excluir alimentos com glúten. Felizmente, existem muitas opções no mercado, como pães, massas e bolos sem glúten. Além disso, alimentos naturalmente livres dessa proteína, como arroz, quinoa, batata e frutas, devem ser a base da alimentação.
"Uma alimentação sem glúten pode ser saudável e equilibrada, mas exige planejamento. Isso evita deficiências nutricionais e garante que você não fique refém de produtos ultraprocessados", afirma a nutricionista.
Ela também destaca que nem todos precisam seguir uma dieta sem glúten:
"Se você não apresenta sintomas, não há benefícios em cortar o glúten da sua dieta. Essa escolha deve ser feita apenas por quem realmente precisa."
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O que evitar em uma dieta sem glúten?
Evite alguns alimentos comuns que contêm glúten, como:
- Pães, massas e bolos feitos com farinha de trigo
- Cerveja e outros produtos fermentados com cevada
- Molhos e temperos industrializados que usam glúten como espessante.
A intolerância ao glúten pode parecer desafiadora no início, mas com o acompanhamento certo, é possível manter uma alimentação saudável e saborosa.
"Procure um nutricionista para te ajudar a criar um plano alimentar adequado. O acompanhamento é fundamental para garantir saúde e bem-estar enquanto você se adapta às mudanças na dieta", finaliza Jordana.