O magnésio é um dos minerais mais importantes para o bom funcionamento do corpo humano. Além disso, ele participa de centenas de reações bioquímicas e é essencial para a saúde dos músculos, nervos, ossos e do sistema cardiovascular. Apesar disso, a deficiência deste mineral é bastante comum e muitas vezes subdiagnosticada.
No texto de hoje, você vai entender o que é o magnésio, sua importância, quais são os sinais de carência, como é feito o diagnóstico e o que fazer caso haja uma deficiência.

Deficiência de magnésio? Saiba o que fazer
O que é?
O magnésio é um mineral fundamental para o corpo humano, já que está presente em todas as células. Ademais, ele é necessário para mais de 300 reações enzimáticas, que envolvem a produção de energia, a síntese de proteínas, a regulação dos níveis de açúcar no sangue, a contração muscular, a saúde óssea, o funcionamento nervoso e o equilíbrio eletrolítico.
Sem níveis adequados de magnésio, muitas funções vitais do corpo ficam comprometidas.
Qual a sua importância?
Algumas das principais funções do magnésio incluem:
- Produção de energia (ATP): essencial para a vitalidade e o bom funcionamento celular.
- Contração e relaxamento muscular: importante para o coração e os músculos esqueléticos.
- Síntese de DNA e proteínas: participa da formação de novas células.
- Regulação da função nervosa: atua na transmissão de impulsos nervosos.
- Controle da glicemia e da pressão arterial: importante para a saúde metabólica e cardiovascular.
- Manutenção da saúde óssea: ajuda na absorção de cálcio e na formação de ossos fortes.
A deficiência de magnésio pode, portanto, afetar praticamente todos os sistemas do organismo.
Possíveis sinais de carência:
A deficiência deste mineral pode se manifestar de várias maneiras, e os sintomas podem ser sutis no início. Alguns dos sinais mais comuns incluem:
- Cãibras musculares frequentes
- Fadiga excessiva e fraqueza
- Tremores ou espasmos musculares
- Formigamentos
- Palpitações ou arritmias cardíacas
- Alterações de humor: ansiedade, irritabilidade e depressão
- Dificuldade para dormir (insônia)
- Dores de cabeça e enxaquecas
- Osteopenia e osteoporose (em casos prolongados)
- Resistência à insulina e problemas no controle glicêmico
- Pressão arterial elevada
É importante lembrar que esses sintomas podem ter outras causas, por isso o diagnóstico correto é essencial.
Como é feito o diagnóstico da deficiência de Magnésio?
O diagnóstico da deficiência de magnésio pode ser um desafio, porque apenas cerca de 1% do magnésio do corpo está presente no sangue — a maior parte se encontra nos ossos e tecidos.
Os exames mais comuns incluem:
- Dosagem de magnésio sérico: mede o magnésio no sangue, mas pode não refletir com precisão os níveis totais do corpo.
- Magnésio eritrocitário (dentro das células vermelhas): um exame mais sensível para detectar deficiência.
- Avaliação clínica: o profissional de saúde também considera sinais e sintomas, histórico alimentar, uso de medicamentos (como diuréticos, que podem aumentar a perda de magnésio), e condições clínicas associadas (como diabetes).
Em alguns casos, o médico pode solicitar outros exames para investigar os efeitos da deficiência no organismo.
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Onde encontrar Magnésio?
O magnésio é encontrado em diversos alimentos naturais. As melhores fontes incluem:
- Vegetais verde-escuros (espinafre, couve, brócolis)
- Leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico)
- Oleaginosas (amêndoas, castanhas, nozes)
- Sementes (abóbora, chia, linhaça)
- Grãos integrais (aveia, arroz integral, quinoa)
- Frutas (banana, abacate)
- Chocolate amargo (alto teor de cacau)
- Peixes (atum, salmão)
Uma alimentação balanceada costuma ser suficiente para garantir a ingestão adequada de magnésio. No entanto, alguns fatores, como baixa qualidade da dieta, problemas gastrointestinais ou uso crônico de certos medicamentos, podem prejudicar a absorção.
O que fazer em caso de carência de magnésio?
Se houver suspeita ou confirmação de deficiência do mineral, algumas estratégias podem ser adotadas:
- Melhorar a alimentação – Priorizar alimentos ricos em magnésio é a primeira e principal atitude.
- Suplementação – Em casos moderados a graves, o médico ou nutricionista pode indicar a suplementação. Existem diferentes formas de magnésio, como:
- Magnésio quelato (alta absorção e menos efeitos gastrointestinais)
- Cloreto de magnésio (bom para regular funções metabólicas)
- Citrato de magnésio (ótima absorção, especialmente para problemas digestivos)
- Óxido de magnésio (boa concentração, mas menor biodisponibilidade)
Obs: A escolha do tipo de suplemento e a dosagem devem ser orientadas por um profissional.
- Tratar a causa da deficiência – Investigar e tratar fatores como problemas de absorção intestinal, doenças renais, consumo excessivo de álcool, ou uso contínuo de medicamentos que favorecem a perda de magnésio.
- Mudança de hábitos – Evitar o excesso de álcool, reduzir o estresse, praticar atividade física e manter uma alimentação rica em vegetais são práticas que ajudam a preservar os níveis de magnésio, além disso, também melhora o condicionamento físico.
O magnésio é um mineral essencial para a saúde e sua deficiência pode afetar seriamente a qualidade de vida. Assim, estar atento aos sinais do corpo, manter uma alimentação equilibrada e procurar orientação profissional diante de sintomas suspeitos é fundamental para prevenir e tratar a carência.
Se você suspeita de deficiência de magnésio ou quer garantir que está consumindo a quantidade adequada, converse com um nutricionista ou médico.