A gordura no fígado, também chamada de esteatose hepática, é um problema que cresce silenciosamente, muitas vezes sem apresentar sintomas claros. Por isso, é conhecida como um perigo silencioso, capaz de afetar a saúde geral e aumentar o risco de doenças graves, se não for identificada e tratada a tempo.

Gordura no fígado: um perigo silencioso à saúde
O que é a gordura no fígado?
Nosso fígado é responsável por funções essenciais, como metabolizar nutrientes, filtrar toxinas e armazenar energia. Porém, quando ocorre o acúmulo excessivo de gordura nas células do fígado, ele começa a funcionar de forma comprometida.
Existem dois tipos principais de esteatose hepática:
- Gordura no fígado relacionada ao álcool – causada pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
- Gordura no fígado não alcoólica (NAFLD) – geralmente associada a excesso de peso, resistência à insulina, dieta rica em açúcares e carboidratos refinados.
O que chama atenção é que a gordura no fígado pode evoluir sem sintomas, sendo muitas vezes descoberta apenas em exames de rotina.
Quais são os riscos?
Se não tratada, a gordura no fígado pode evoluir para inflamação hepática, conhecida como esteato-hepatite, e até para fibrose ou cirrose. Além disso, há associação com um maior risco de: Diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e síndrome metabólica. Por isso, mesmo sem sintomas aparentes, a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais.
Fatores que aumentam o risco:
Alguns fatores tornam mais provável o acúmulo de gordura no fígado:
- Excesso de peso e gordura abdominal
- Sedentarismo
- Consumo elevado de alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares e gorduras ruins
- Resistência à insulina ou pré-diabetes
- Histórico familiar de doenças hepáticas
Como prevenir e tratar?
Segundo a nutricionista Jordana Lessa, "a manutenção de um peso saudável, alimentação equilibrada e prática regular de atividade física são as estratégias mais eficazes para reduzir a gordura no fígado. Além disso, é importante evitar o consumo excessivo de álcool e alimentos ultraprocessados".
Algumas recomendações práticas incluem:
- Alimentação saudável: priorizar frutas, verduras, legumes, proteínas magras e gorduras boas.
- Redução de açúcares e carboidratos refinados: diminuir refrigerantes, doces em geral, alimentos ultraprocessados e excesso de farináceos.
- Atividade física regular: pelo menos 150 minutos por semana de exercícios aeróbicos, combinados com musculação.
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- Hidratação adequada e sono de qualidade.
Em alguns casos, mudanças no estilo de vida podem ser suficientes para reverter a gordura no fígado, evitando complicações futuras.
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Quando procurar um médico?
Se houver suspeita de gordura no fígado, por exemplo, exames como ultrassonografia abdominal, exames de sangue ou elastografia hepática podem, ajudar no diagnóstico. Além disso, consultas regulares com um médico e nutricionista são essenciais para, finalmente, criar um plano de prevenção ou tratamento personalizado.
A gordura no fígado é um alerta silencioso que merece atenção. Com hábitos saudáveis, avaliação médica regular e acompanhamento nutricional, é possível reduzir os riscos e proteger sua saúde a longo prazo.