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Vitaminas são essenciais para o bom funcionamento do organismo, participando de processos como produção de energia, fortalecimento da imunidade, saúde da pele, ossos e muito mais. Porém, ao contrário do que muitos pensam, "quanto mais, melhor" não se aplica às vitaminas. O consumo exagerado, geralmente por suplementação sem indicação profissional, pode levar à hipervitaminose, condição caracterizada pelo excesso de uma ou mais vitaminas no corpo.

Hipervitaminose: Descubra os sintomas do excesso de vitaminas

Hipervitaminose: Descubra os sintomas do excesso de vitaminas

O que causa a hipervitaminose?

A forma mais comum de desenvolver hipervitaminose não vem da alimentação, mas sim do uso indiscriminado de suplementos, muitas vezes sem orientação profissional. O organismo armazena vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) no fígado e no tecido adiposo, o que aumenta o risco de acúmulo. Por outro lado, o corpo geralmente elimina as vitaminas hidrossolúveis (complexo B e C) pela urina, embora o excesso ainda possa causar efeitos indesejados.

"Vejo muitas pessoas acreditando que multivitamínicos são como um “reforço extra” sem risco, mas na verdade eles precisam ser usados de forma calculada. O excesso pode causar problemas sérios, principalmente quando falamos das vitaminas que o corpo armazena", alerta a nutricionista Jordana Lessa.

Principais sinais e sintomas:

Os sintomas variam conforme a vitamina em excesso, mas alguns sinais gerais incluem:

  • Náuseas e vômitos
  • Dores de cabeça
  • Fadiga e fraqueza muscular
  • Alterações na pele (descamação, coceira ou amarelamento)
  • Alterações visuais
  • Dores ósseas e articulares
  • Constipação ou diarreia
  • Em casos graves: danos ao fígado, rins e alterações neurológicas

Exemplos de sintomas específicos:

  • Vitamina A: queda de cabelo, irritabilidade, dor nos ossos, aumento do fígado e baço.
  • Vitamina D: aumento excessivo de cálcio no sangue, levando a cálculo renal e problemas cardíacos.
  • Vitamina E: distúrbios de coagulação e sangramentos.
  • Vitamina C: diarreia, dor abdominal e formação de cálculos renais.

"E difícil imaginar que alguns sintomas como cansaço, irritabilidade ou alterações gastrointestinais podem estar ligados ao excesso de vitaminas. Por isso é tão importante avaliar a suplementação com exames e acompanhamento profissional", reforça Jordana Lessa.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é feito por avaliação clínica, histórico de suplementação e exames laboratoriais para medir os níveis vitamínicos.
O tratamento geralmente envolve a suspensão imediata da suplementação, ajuste alimentar e, em alguns casos, medicação para controlar os sintomas ou prevenir complicações.

Como prevenir?

  • Nunca inicie suplementação por conta própria.
  • Faça exames periódicos e siga as doses indicadas por médico ou nutricionista.
  • Prefira obter vitaminas prioritariamente pela alimentação, variando frutas, verduras, legumes, proteínas e grãos.

"A melhor forma de evitar a hipervitaminose é garantir que a sua alimentação seja variada e balanceada. Quando existe necessidade de suplementar, ajustamos a dose para que ela atenda à sua necessidade específica, nem mais, nem menos", orienta Jordana Lessa.

A hipervitaminose é um exemplo claro de que exagero não é sinônimo de saúde. Suplementos podem ser aliados quando usados de forma estratégica e individualizada, mas o excesso pode trazer prejuízos sérios. Antes de pensar em suplementar, busque orientação profissional.

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