Quando se fala em estratégias para emagrecimento, dois métodos bastante discutidos são a dieta cetogênica e o jejum intermitente. Mas afinal, qual é o melhor? A resposta depende de muitos fatores, e hoje vamos entender os fundamentos de cada estratégia, os pontos fortes e fracos, e a importância de considerar o seu perfil individual e emocional nesse processo.

Dieta cetogênica ou jejum intermitente: qual a melhor para o emagrecimento?
O que é a dieta cetogênica?
A dieta cetogênica (ou keto) é um padrão alimentar que reduz drasticamente a ingestão de carboidratos (normalmente para menos de 50g por dia), priorizando gorduras e moderando proteínas. Essa mudança força o corpo a entrar em cetose, um estado em que a gordura é quebrada para gerar energia no lugar da glicose. Por isso, muitas pessoas veem resultados rápidos em termos de perda de peso.
Pontos fortes:
- Pode ajudar a reduzir o apetite em algumas pessoas.
- Resultados rápidos em perda de peso inicial.
- Pode melhorar marcadores de triglicerídeos e glicemia para algumas pessoas.
Pontos fracos:
- É difícil de manter no longo prazo para muitas pessoas.
- Pode aumentar o colesterol LDL em quem já tem predisposição.
- Restringe muitos alimentos, o que pode gerar dificuldades sociais e emocionais.
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O que é o jejum intermitente?
O jejum intermitente envolve alternar períodos de jejum e alimentação. Um exemplo popular é o protocolo 16/8, em que você jejua por 16 horas e come durante 8 horas. Ele não foca diretamente no que você come, mas sim quando você come.
Pontos fortes:
- Pode ajudar algumas pessoas a comer menos calorias naturalmente.
- Flexível em relação à alimentação (não há lista de alimentos proibidos).
- Pode melhorar sensibilidade à insulina e outros marcadores metabólicos.
Pontos fracos:
- Nem todo mundo se adapta bem a períodos longos sem comer.
- Pode aumentar compulsão alimentar ou ansiedade em pessoas mais ansiosas ou com histórico de compulsão.
- Restrições sociais em horários de refeições.
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Déficit calórico e Comportamento alimentar
É importante entender que nenhuma dessas estratégias vai funcionar sem o déficit calórico, ou seja, sem consumir menos energia do que você gasta. Seja comendo menos carboidratos (cetogênica) ou diminuindo a janela de alimentação (jejum intermitente), o fator principal é sempre o balanço energético.
Além disso, o comportamento alimentar precisa ser respeitado. Por exemplo:
- Pessoas com perfil mais ansioso ou com histórico de compulsão podem ter dificuldade em lidar com o jejum, já que longos períodos sem comer podem intensificar a ansiedade em torno da comida.
- Pacientes com hipercolesterolemia (colesterol alto) podem ter o colesterol ainda mais elevado com a dieta cetogênica, que costuma ser rica em gorduras saturadas.
- Pessoas com agenda social intensa podem achar o jejum intermitente muito difícil de encaixar em compromissos.
O mais importante é lembrar que não existe estratégia perfeita para todo mundo. O melhor plano alimentar é aquele que você consegue seguir no longo prazo, sem sofrimento ou culpa. Por isso, o acompanhamento profissional – por um nutricionista – é fundamental para avaliar não só as necessidades do seu corpo, mas também o seu perfil comportamental e as suas emoções em relação à comida. A individualidade faz toda a diferença para alcançar resultados sustentáveis e saudáveis!